DETERMINANTES DA PRÁTICA DE INCOME SMOOTHING EM CIAS ABERTAS: UMA ANÁLISE DE EMPRESAS AMERICANAS
Resumo
Esta pesquisa teve como objetivo verificar os determinantes da probabilidade da
prática do income smoothing das empresas americanas. O modelo econométrico foi
o Logit, que permite o tratamento de variáveis do tipo binária, característica dos
estudos de probabilidade. A amostra foi constituída de 173 empresas oriundas do
índice de mercado da bolsa de Nova York S&P 500, e o período em que foram
coletados os dados foi de 2010 a 2018. Da amostra e no período analisado, constatou
se que cerca de 30% das empresas americanas incorreram na prática de suavização
de resultados e que, portanto, 70% foram estimadas como não suavizadoras.
Concluiu-se, pelo modelo estimado, que a probabilidade de uma empresa americana
incorrer na prática da suavização de resultados é de 24,07%. Verificou-se uma menor
probabilidade da prática de income smoothing em empresas maiores, mais
endividadas e mais arriscadas ao se considerar o Beta como parâmetro. Apurou-se
que empresas com notas de rating abaixo do nível de investimento, bem como aquelas
com maiores notas (AAA, AA+, AA e AA-), tem maior probabilidade de suavização.
Setorialmente, indústrias manufatureiras e o setor de energia elétrica, gás e água
tendem a serem mais suavizadoras. Os achados, de forma geral, indicam um
percentual baixo da prática da suavização de resultados no mercado norte-americano,
que denota as características de um mercado de ambiente legal mais rigoroso na
discricionaridade do gestor, sendo bastante combatida por leis mais rígidas impostas
após as fraudes ocorridas.
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