UM BREVE HISTÓRICO DAS AÇÕES AFIRMATIVAS NO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: COMPREENDENDO O RACISMO E A NECESSIDADE DE COTAS RACIAIS
Resumo
As ações afirmativas têm estado presentes nos debates contemporâneos e se
caracterizam, entre outras medidas, pela garantia de reservas de vagas no ensino
superior, principalmente na educação, para negros e pardos, indígenas, pessoas com
deficiência e em situação de vulnerabilidade social. A história brasileira de escravidão
e de desigualdade social fundamentam a necessidade dessas ações e traz também
a emergência de se problematizar sociologicamente essa construção sócio-histórica
para a compreensão da realidade atual, bem como da importância destas ações para
promover equidade social. As ações afirmativas para negros no Brasil pretendem ser
compensatórias da história de desigualdade e exploração. Estudos de autores como
MUNANGA, ZANATTA e PIOVESAN, problematizam esta temática, avançando em
busca de uma amplitude de análise. O estudo em tela propõe apresentar alguns
elementos constitutivos e mobilizadores da implementação das ações afirmativas,
buscando perceber a importância das ações afirmativas no ensino superior, na
contraface do racismo presente nas estruturas sociais brasileiras. Assim, o conceito
de Estigma elaborado por Erving Goffman (1963), ressaltando os principais
entendimentos para compreender a configuração contemporânea da estigmatização
racial. Portanto, a perspectiva teórica que orienta este estudo está ancorada no
Interacionismo simbólico que busca iluminar a compreensão da influência do racismo
nas micro e macro relações na realidade brasileira. Utilizamos uma metodologia de
investigação qualitativa, através de uma pesquisa bibliográfica, com abordagem
analítica e descritiva, baseada nas obras dos autores Silverman (2009), Minayo
(1994) e Richardson (2008).
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